Biblioteca Digital

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O professor Rui Faria sugere...





As intermitências da morte, de José Saramago

      E se amanhã ninguém morresse? E se, durante uma semana, um mês, seis meses, a morte deixasse de “atuar”?  E se a morte passasse a avisar-nos, com uma semana de antecedência, da sua derradeira chegada? Dão que pensar estas três questões. E o romance As intermitências da morte, de José Saramago, ajuda-nos a refletir sobre potenciais respostas! No fundo, é disso que trata este livro de Saramago, cuja leitura vivamente recomendo: as pessoas deixam de morrer e passam a querer morrer, porque para tudo é chegada uma hora. A morte não é, por isso, uma exceção.

      Foi após a leitura de As intermitências da morte que posso dizer que me apaixonei literariamente por José Saramago. Já tinha lido, alguns anos antes, Memorial do Convento, mas não me rendi à forma de pensar do nosso Prémio Nobel. Talvez ler Saramago devesse começar, precisamente, por um livro como As intermitências da morte.

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