As
intermitências da morte, de José Saramago
E se amanhã ninguém
morresse? E se, durante uma semana, um mês, seis meses, a morte deixasse de
“atuar”? E se a morte passasse a
avisar-nos, com uma semana de antecedência, da sua derradeira chegada? Dão que
pensar estas três questões. E o romance As
intermitências da morte, de José Saramago, ajuda-nos a refletir sobre
potenciais respostas! No fundo, é disso que trata este livro de Saramago, cuja
leitura vivamente recomendo: as pessoas deixam de morrer e passam a querer
morrer, porque para tudo é chegada uma hora. A morte não é, por isso, uma
exceção.
Foi após a leitura de As intermitências da morte que posso
dizer que me apaixonei literariamente por José Saramago. Já tinha lido, alguns
anos antes, Memorial do Convento, mas
não me rendi à forma de pensar do nosso Prémio Nobel. Talvez ler Saramago
devesse começar, precisamente, por um livro como As intermitências da morte.
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