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segunda-feira, 29 de maio de 2017

O professor sugere ...


Mau Tempo no Canal, Vitorino Nemésio

Ler este livro deu-me um especial prazer! Para além de ser um dos melhores romances escritos na nossa bela língua portuguesa no século XX, retrata uma região do país que adoro particularmente, os Açores!
Como para tudo na vida, há uma altura certa para cada livro. Pensei que já o devia ter lido há muito tempo, mas, só agora, que vivo nos Açores, fez, realmente, sentido. Sente-se, a cada página, o pulsar da vida açoriana, com todo o seu encanto, mas também com todas as suas dificuldades.
Lê-lo nesta altura fez com que fique com ele num lugar muito especial do coração. Como os Açores, afinal…


João Sande

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O professor sugere...

Joel Sousa, Professor de Educação Visual, sugere a consulta do livro Desenho para designers industriais de Fernando Julián e Jesús Albarracín.

Escolho esta obra por abordar o design industrial e a conceção de produto, destacando a importância dos materiais, técnicas e conceitos associados ao desenho à mão livre. Este tipo de representação é fundamental no processo criativo, permitindo a comunicação de ideias de uma forma completa e eficaz. Neste âmbito, esta obra apresenta-nos um conjunto de exercícios simples de representação gráfica, que considero muito pertinentes para a realização de estudos e esboços de objetos com diferentes características.
Partindo da apresentação dos principais instrumentos e materiais de desenho, os autores abordam as suas aplicações ao processo criativo para, posteriormente, se debruçarem sobre o projeto e aspetos mais técnicos do desenvolvimento dos objetos.


Mãos à obra e bom trabalho!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O professor José Olivério Ponte sugere ...


A Alma  de Manuel Alegre

A obra despertou-me interesse porque desconhecia a prosa de Manuel Alegre, pois sempre relacionei o seu nome com a poesia e possuo entre os meus livros publicações de poemas seus, que já li.
A Alma foi para mim um agradável surpresa porque, para além de ser uma obra de fácil leitura, transporta-nos para um tempo do Portugal Republicano (com binómio monarquia/república ainda ativo), fim da 2ª Grande Guerra e afirmação do Estado Novo.
O autor integra a vivência política em período de ditadura e num ambiente social em que há decadência de famílias outrora abastadas, descriminação de género e social e económica no acesso à formação e à cultura.
Há uma preocupação de enfatizar a atmosfera política num regime de partido único que se sustenta na perseguição, prisão e tortura da oposição, enquanto esta se afirma respondendo à violência desproporcionada praticada pelas forças da ordem e pela polícia política. O peso da contestação pode avaliar-se pela relevância dada à descrição da violência que ocorre numa partida de futebol, ao mesmo tempo que há desacatos num comício da oposição em Alma e as implicações na interpretação da contestação do que se sucedeu em simultâneo.
Esta dimensão política não ofusca a perspetiva da ambiência familiar e infância/adolescência vivenciadas na época. A socialização por traquinice aos adultos e o despertar para as primeiras experiências sexuais na adolescência são, com naturalidade, relatando uma realidade em que o próprio calão utilizado nos aproxima da narrativa, uma forma de identificação por semelhança com quem há época se encontrava no nível etário correspondente a cada personagem.
Considero, ainda, interessantes as narrativas das sessões espíritas, bem como a forma como o autor aborda a perceção da morte na idade infantil.
Resumindo, gostei do livro, recomendo a sua leitura, alertando para a necessidade de o ler, situando o que nele decorre no momento histórico em que se situa a narrativa.


Boas leituras!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O professor Rui Faria sugere...





As intermitências da morte, de José Saramago

      E se amanhã ninguém morresse? E se, durante uma semana, um mês, seis meses, a morte deixasse de “atuar”?  E se a morte passasse a avisar-nos, com uma semana de antecedência, da sua derradeira chegada? Dão que pensar estas três questões. E o romance As intermitências da morte, de José Saramago, ajuda-nos a refletir sobre potenciais respostas! No fundo, é disso que trata este livro de Saramago, cuja leitura vivamente recomendo: as pessoas deixam de morrer e passam a querer morrer, porque para tudo é chegada uma hora. A morte não é, por isso, uma exceção.

      Foi após a leitura de As intermitências da morte que posso dizer que me apaixonei literariamente por José Saramago. Já tinha lido, alguns anos antes, Memorial do Convento, mas não me rendi à forma de pensar do nosso Prémio Nobel. Talvez ler Saramago devesse começar, precisamente, por um livro como As intermitências da morte.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017